
Um grupo de 11 pesquisadores japoneses apresentou estudos que apontam um novo tratamento genérico contra câncer, como a nova promessa para os pacientes que enfrentam a doença. Os primeiros testes foram feitos em camundongos e tiveram ótimos resultados.
Os cientistas demonstram que a nova técnica aplicada a pacientes que sofrem com tipos distintos de tumor não apresentam os efeitos colaterais provocados pela radioterapia e quimioterapia.
O composto foi projetado para emitir pequenas quantidades de radiação alfa no interior das células cancerígenas, destruindo-as, mas poupando o tecido saudável em volta, alcançando um direcionamento muito mais preciso do que as técnicas convencionais.
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Análises cuidadosas
O pesquisador Katsunori Tanaka, do Instituto Riken, disse o tratamento foi eficiente inclusive na fase inicial e sem que o especialista saiba exatamente a localização exata de onde está no organismo.
“Mesmo injetando o composto de tratamento na corrente sanguínea, conseguimos resultados semelhantes. Isso significa que podemos usar esse método para tratar câncer em estágio inicial, mesmo que não saibamos onde está o tumor.”
A nova técnica se baseia na aplicação química de um composto, chamado acroleína, que se acumula nas células cancerígenas.
A equipe já havia desenvolvido um método para detectar o câncer, incluindo uma molécula fluorescente à acroleína para detectar onde os tumores estão.
Destruindo células cancerígenas
Os cientistas optaram por destruir as células doentes, substituindo as moléculas fluorescentes sinalizadoras por astatina-211, um radionuclídeo que emite uma pequena quantidade de radiação na forma de uma partícula alfa.
Em comparação com outras formas de radioterapia, as partículas alfa são um pouco mais mortais para o câncer, mas só podem viajar cerca de um vigésimo de milímetro, podendo ser detidas até por um pedaço de papel.
De acordo com os estudos, se essas partículas chegarem ao interior das células cancerígena, elas fazem seu trabalho dentro da célula, mas não muito além, o que explica porque o novo tratamento praticamente não apresenta efeitos colaterais.
O próximo passo é encontrar uma empresa farmacêutica parceira para iniciar os testes clínicos em humanos usando este novo método para tratar o câncer.
Crédito: Diário de Saúde
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