‘Pelas ruas que andei’ conta a trajetória do artista da infância em Pernambuco ao estrelato

Alceu Valença poderia estar até agora, com um contrato rescindido nas mãos e muita esperança no futuro, esperando Paulo Coelho dar atenção aquele músico em início de carreira. A biografia do artista pernambucano, “Pelas ruas que andei”, escrita por Julio Moura e que será lançada em breve, conta um episódio curioso envolvendo o biografado e o escritor, na época chefão de uma gravadora.
Alceu Valença levou o que chamamos de “perdido” de Paulo Coelho. Diretor artístico da Philips, o escritor tinha o poder de contratar, demitir e escolher quais músicas seriam gravadas. O pernambucano então foi procurá-lo, e a frase “me procure na segunda-feira” fez com que Alceu acreditasse que uma nova oportunidade de trabalho surgiria.
Depois de pedir rescisão de outra gravadora, descontente com a repercussão de seus primeiros discos, o cantor chegou cedo à Philips e esperou a chegada do mago, na esperança de receber boas notícias do “futuro” chefe. Quando chegou, Paulo Coelho, em look de popstar, dos óculos às botas de salto, como é descrito na biografia, disse que iria ao banheiro, mas saiu por outra porta para não atendê-lo.
Alceu esperou muito antes de se dar conta de que o banheiro era a porta dos fundos. Desanimado e sem contrato, acabou passando uma temporada em Paris. Somente um ano depois, conseguiu assinar com a gravadora Ariola para lançar “Coração bobo”, seu primeiro grande sucesso nacional. “Acho que Paulo Coelho entrou no tal banheiro e foi diretamente para o caminho de Santiago”, brinca Alceu no livro.
“Pelas ruas que andei – Uma biografia de Alceu Valença” tem lançamentos confirmados no Recife (Paço do Frevo, 27 de junho), Rio de Janeiro (Livraria Travessa do Shopping Leblon, 25 de julho) e São Paulo (Itaú Cultural, 27 de julho), todos com a presença de Alceu.
Siga o PB24horas Instagram
Receba as notícias do PB24horas no WhatsApp