A Polícia Federal intimou Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, a depor sobre um suposto plano de golpe de Estado. As investigações indicam que Bolsonaro teria recebido e modificado um decreto golpista. Apesar das acusações, o ex-presidente nega envolvimento.
Relatórios da PF entregues ao Supremo Tribunal Federal revelam uma possível participação de Bolsonaro na elaboração de um decreto para reverter o resultado das eleições de 2022. As provas sugerem um envolvimento direto do ex-presidente no esquema.
Interceptações de conversas e áudios são fundamentais para a investigação. Um áudio enviado pelo então ajudante de ordens presidencial, Mauro Cid, a um general do Exército destaca a pressão sofrida por Bolsonaro para agir de forma mais drástica, inclusive com a alteração do decreto.
Na mensagem de Cid, ele relata a pressão sobre Bolsonaro para usar as Forças Armadas em um golpe. A PF considera isso uma confirmação da existência do decreto golpista, indicando um ajuste liderado por Bolsonaro e de conhecimento do comandante do Exército.
Análises se concentram também em outros áudios e mensagens, que reforçam a hipótese de um decreto sendo modificado para facilitar um golpe de Estado. A troca de mensagens entre Cid e sua esposa durante a invasão dos Três Poderes reforça suspeitas sobre a existência do decreto.
Em resposta, a defesa de Bolsonaro nega qualquer participação na elaboração de decretos ilegais. Os advogados afirmam que as acusações são infundadas e destacam que o ex-presidente sempre se opôs a movimentos antidemocráticos.
Fonte: O Globo
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