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terça-feira, abril 16, 2024

Chocolate de 121 anos são encontrados em biblioteca Australiana

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chocolate de 121 anos sao encontrados em biblioteca australiana
Foto Reprodução: Biblioteca Nacional da Austrália

Durante exames de rotina que estavam sendo realizados nas obras do poeta australiano Andrew Barton “Banjo” Paterson, restauradores da Biblioteca Nacional da Austrália encontraram uma antiga lata de barras de chocolate Cadbury incrivelmente bem preservadas, datada do ano de 1900 e com registros claros de manuseio pela Rainha Vitória.

Em 1824, os irmãos John e Benjamin Cadbury fundaram a fábrica de doces Cadbury, que logo viria a se popularizar internacionalmente como uma das maiores empresas do gênero no mercado. Boa parte da fama da empresa surgiu devido ao fornecimento de lotes de chocolates para as tropas britânicas que estavam ocupando a fronteira da África do Sul durante a Segunda Guerra dos Bôeres, quando foram encomendados em nome da Rainha Vitória entre 1899 e 1902.

Aparentemente, as caixas de chocolates tiveram uma importante simbologia para o antigo exército inglês, especialmente em tempos de guerra onde a comida era precária e escassa. Através de uma iniciativa moralizadora, a Rainha teria contado com a ajuda de John e Benjamin, que ironicamente eram pacifistas e não apoiavam os conflitos, para elevar os ânimos dos soldados, que confeccionaram itens personalizados com o registro “África do Sul, 1900. Desejo-lhe um feliz ano novo, Victoria RI” e uma imagem da monarca.

Os doces e a coleção de Andrew Barton “Banjo” Paterson

Além de poeta, “Banjo” Paterson era um dos principais correspondentes dos jornais Sydney Morning Herald and The Age, chegando a trabalhar como jornalista na cobertura da Guerra dos Bôeres, na África do Sul. Dessa forma, o evento surgiu como a principal justificativa para assegurar a chegada dos chocolates em sua coleção, apesar de não ser possível esclarecer exatamente como o fato ocorreu.

Supostamente, a lata de doces obtida pelo escritor despertou lembranças pouco agradáveis relacionadas a um confronto bélico que dizimou dezenas de milhares de soldados britânicos, fazendeiros bôeres, seus familiares e habitantes indígenas africanos apanhados no fogo cruzado, fazendo com que o item ficasse esquecido em meio aos seus documentos pessoais.

Como consequência do terror espalhado pela guerra, “Banjo” acabou passando menos tempo cobrindo os trágicos eventos, abandonando seu posto com menos de um ano de estadia, quando voltou à sua terra natal.

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