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terça-feira, 21 de maio de 2024

Colírio experimental faz adolescente cego enxergar; Entenda como

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Um colírio experimental fez um adolescente cego enxergar nos Estados Unidos. A medicação é baseada em terapia genética aplicada e foi feita especialmente para curar o garoto de uma condição rara.

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Foto: CNN Brasil

Agora o garoto cubano Antonio Vento Carvajal, de 14 anos, só pensa em jogar videogame com os amigos. Ele nasceu com epidermólise bolhosa distrófica, uma condição genética rara que causa bolhas por todo o corpo e nos olhos. Os remédios foram usados, inicialmente, no corpo, depois, nos olhos.

Impressionada com o estado geral de saúde do adolescente, a equipe chefiada pelo médico Alfonso Sabater, do Institute do Sistema de Saúde da Universidade de Miami (EUA), resolveu aplicar o colírio experimental e a família dele permitiu.

Longa trajetória

As imagens de Antonio sensibilizaram a equipe médica: nelas, o adolescente aparecia com cicatrizes por todo o corpo e também cobrindo os globos oculares.

Com epidermólise bolhosa distrófica, essa condição genética rara, praticamente imobiliza o adolescente.

Em busca de ajuda, a família de Antonio se mudou, em 2012, de Cuba para os Estados Unidos.

A condição rara de Antônio afeta cerca de 3.000 pessoas em todo o mundo. O adolescente fez cirurgias para remover o tecido cicatricial dos olhos, mas voltou a crescer.

O tratamento

Sabater começou o tratamento com Antonio aplicando gel experimental de terapia genética nas lesões sobre a pele dele.

Na ocasião, foi contratada a farmacêutica Krystal Biotech para ver se poderia ser reformulado para os olhos do menino.

Suma Krishnan, cofundador e presidente de pesquisa e desenvolvimento da empresa com sede em Pittsburgh, disse que a ideia fazia sentido e “não custava tentar”.

A condição de Antonio é causada por mutações em um gene que ajuda a produzir uma proteína chamada colágeno 7, que mantém unida a pele e as córneas.

O tratamento, chamado Vyjuvek, usa um vírus herpes simplex inativado para fornecer cópias funcionais desse gene.

Os colírios usam o mesmo líquido da versão para pele, só que sem o gel adicionado.

Dois anos de espera

Foram dois anos até o início do tratamento em Antônio.

Houve testes em camundongos. Em seguida, houve autorização da Food and Drug Administration dos EUA e permissão dos conselhos de revisão de universidades e hospitais.

Apenas em agosto passado, o adolescente cego fez uma cirurgia no olho direito, logo após no esquerdo em em seguida passou a ser aplicado o colírio.

Deu certo

E deu certo: o olho de Antonio se recuperou da cirurgia, a cicatriz não voltou e houve melhora significativa.

Com o filho enxergando, a mãe, Yunielkys Carvajal, chorou de alegria e agradeceu ao médico.

“[Sabater] está presente em tudo”, disse ela. “Ele não é apenas um bom médico, mas um ser humano tão bom e nos deu esperança. Ele nunca desistiu.”

Antonio também jamais perdeu a esperança.

Ele vai ao instituto oftalmológico para exames quase que semanalmente e recebe o colírio uma vez por mês.

Durante as visitas, Antonio deve usar roupas de proteção cobrindo braços, mãos, pernas e pés.

Como os pacientes que sofrem da doença, a pele é tão frágil que até mesmo um toque pode ferí-la.

Expectativas

Sabater, diretor do Laboratório de Inovação da Córnea no instituto oftalmológico, disse que os colírios de terapia genética podem ser usados ​​para outras doenças, alterando o gene transmitido pelo vírus.

A ideia é aplicar no tratamento da distrofia de Fuchs, que afeta 18 milhões de pessoas nos Estados Unidos e responde por cerca de metade dos transplantes de córnea do país.

Com a visão recuperada, Antonio vive um dos passatempos típicos dos adolescentes que há muito desejava: jogar videogame com os amigos.

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Crédito: CNN Brasil

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