Reunião única do CIM gera questionamentos sobre efetividade
Anunciado com pompa pela ministra Marina Silva como o principal órgão da governança climática brasileira, o CIM (Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima) realizou uma única reunião até o momento. A reativação do órgão em 14 de setembro de 2023 visava revitalizar a política climática que, sob a gestão anterior de Jair Bolsonaro, foi marcada pela inatividade. No entanto, a falta de continuidade nas reuniões levanta dúvidas sobre sua eficácia atual.
Durante o encontro inaugural, houve aprovação para mais duas reuniões programadas para novembro de 2023 e abril de 2024. Contudo, ambas não foram realizadas. O Ministério do Meio Ambiente defende que grupos de trabalho foram estabelecidos e estão em processo de desenvolvimento de propostas. No entanto, não existem registros dessas atividades nem previsões para futuros encontros do comitê, mesmo diante de crises ambientais recentes, como o desastre no Rio Grande do Sul.
Na única reunião que ocorreu, Marina Silva enfatizou a “importância da retomada efetiva” do CIM, e Sergio Luiz de Carvalho Xavier, coordenador do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima, declarou o comitê como fundamental para enfrentar desafios da governança climática. Apesar dessas declarações, a ausência de ações concretas e a falta de reuniões subsequentes colocam em xeque a capacidade do comitê de atuar de maneira significativa na crise climática.
Fonte: UOL
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