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quinta-feira, 25 de abril de 2024

CPI do Moro comandada por petistas na Câmara

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CPI do Moro comandada por petistas na Câmara
Foto Reprodução: Blog Esmael

Avança em velocidade de cruzeiro a proposta da instalação de uma CPI para investigar o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, defenestrado do governo Jair Bolsonaro (sem partido) na última sexta-feira (24).

“Poeticamente”, o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), atendidos os requisitos legais, deverá delegar a presidência da comissão de investigação aos petistas.

Pela tradição no Congresso, o proponente de CPI fica com a presidência e a relatoria distribuídas aos demais partidos. No entanto, na CPI do Moro, a tendência é que o Centrão abra mão da relatoria em favor do PT.

O pedido de CPI para investigar crimes cometidos pelo ex-ministro Sérgio Moro foi realizado pelos deputados petistas Rogério Correia (MG), Paulo Pimenta (RS), Natália Bonavides (RN) e Célio Moura (TO).

De acordo com o regimento interno, a Câmara instituirá a Comissão Parlamentar de Inquérito com o apoio de 171 deputados (um terço) para apuração de fato determinado e por prazo certo, a qual terá poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos em lei.

A CPI teria como objetivo investigar um suposto acordo firmado entre Moro e Bolsonaro para que o então juiz aceitasse assumir o cargo de ministro. Os deputados argumentam que Moro teria exigido uma pensão para a família, caso ele viesse a falecer, e pretendia ser indicado futuramente para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal.

Plenário Virtual da Câmara debateu hoje investigação de Moro

A crise política decorrente da demissão do ex-ministro Sérgio Moro levou a oposição a cobrar providências do Poder Legislativo durante a sessão virtual desta segunda-feira (27). É a primeira vez que o Plenário da Câmara dos Deputados se reúne após a demissão de Moro, que saiu do Ministério da Justiça e Segurança Pública denunciando tentativas de interferência do presidente da República na Polícia Federal.

A líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), afirmou que está colhendo assinaturas para que uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) seja instalada para investigar as denúncias de Moro. “É impossível o Parlamento assistir, sem fazer nada, às denúncias contra Bolsonaro, de que o presidente tira chefes da Polícia Federal que não estão fazendo o que ele quer. É preciso investigar”, declarou.

O deputado Bira do Pindaré (PSB-MA) disse que o PSB está trabalhando em um novo pedido de impeachment. “Não é momento de omissão, é momento de debate e de decisão”, reforçou.

A líder do Psol, deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), ressaltou que a crise política criada pelo presidente da República coincide com a maior crise sanitária da nossa geração. “Bolsonaro é um elemento de instabilidade, agora se junta a Roberto Jefferson e Valdemar Costa Neto [condenados pelo mensalão] negociando cargos para uma base alugada na Câmara. E ainda temos a comprovação da interferência na Polícia Federal para proteger a família”, disse.

O líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), também ressaltou que a crise política tira o foco do combate à pandemia. Ele afirmou que qualquer discussão de impeachment precisa ser bem analisada. “Não se faz impeachment sem saber o início, o meio e o final”, declarou.

Guimarães cobrou a volta dos trabalhos da CPI das Fake News para averiguar a rede de divulgação de notícias falsas que minam a estabilidade democrática.

Para o líder da oposição, deputado André Figueiredo (PDT-CE), o Parlamento precisa cobrar responsabilidade do presidente da República. “O ex-ministro Moro revela claramente as pressões a que estava submetido, porque as investigações estão chegando aos filhos do presidente e aos aliados do presidente. É inimaginável o momento politico em que vivemos e não podemos ficar silentes”, afirmou.

Um dos poucos parlamentares não alinhados à oposição a se pronunciar sobre o assunto, o deputado Daniel Coelho (Cidadania-PE) cobrou “esclarecimentos de todas as denúncias que foram feitas”.​

Bolsonaro e Maia, juntos, contra Moro

Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia saíram do armário e, juntos, montam a estratégica do Centrão para enjaular o ex-ministro Sérgio Moro. O roteiro foi confirmado pelo jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornalão paulistano, a tarefa de abater Moro caberia à base informal de sustentação de Bolsonaro no parlamento.

O acordo anti-Moro teria sido fechado com a exoneração “a pedido” [do Centrão] do ex-diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, o que antecipou a queda do ex-ministro da Justiça na sexta-feira (24).

Com esse objetivo em mente, Centrão, Bolsonaro e oposição se unem ‘tacitamente’ para liquidar politicamente as pretensões de 2022 do ex-juiz da Lava Jato e da República de Curitiba.

O Centrão possui mais de 200 deputados e tem o poder de barrar uma votação de impeachment no plenário da Câmara (são necessários 171).

Durante sua atuação como juiz, Moro comprou inimizades no mundo político a ponto de não conseguir aprovar nenhum projeto no legislativo, enquanto era titular da Justiça e Segurança Pública.

Agora é a ‘vingança do pipoqueiro’ porque Moro não tem mais prerrogativa de função ou imunidades. Ele enfrentará mano a mano as forças hostis, que num passado recente perseguiu a partir da 13ª Vara Federal de Curitiba.

Por Moro ser a bola da vez, a abertura de impeachment –que depende de ato discricionário do presidente da Câmara– ficou para o Dia de São Nunca, salvo fato novo.

“A prioridade é o combate à Covid-19”, despistou nesta segunda-feira (27), ao ser perguntado sobre o impeachment.

“Botafogo”, como a Lava Jato o chamava, guardou no freezer sua mágoa contra procuradores da força-tarefa e o ex-juiz Sérgio Moro.

Bolsonaro e Maia, juntos, contra Moro, não causa nenhuma estranheza para os leitores do Blog do Esmael. Aqui sempre afirmamos que eles nunca se separaram e que são farinha do mesmo saco.

Aliás, Globo, Veja, Estadão, Folha, dentre outros veículos da mídia corporativa, também são da mesma laia. Defendem as mesmas coisas, no âmbito da economia, contra os trabalhadores e o povo brasileiro.

A desavença havida entre Moro x Maia x Bolsonaro x Mídia, poder-se-ia dizer, é só mais um desacerto de bandidos, Não tem nada a ver com os rumos do Brasil.

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