Além de Bolsonaro, outras nove pessoas participarão de oitivas na investigação sobre joias de valor milionário retidas pela Receita Federal

A saga de Jair Bolsonaro (PL) para se explicar perante a Polícia Federal e a Justiça Brasileira começa nesta quarta-feira (5/4). Está marcado para 14h30 o depoimento do ex-presidente à Polícia Federal. Ele confirmou que comparecerá à oitiva, na sede da PF, em Brasília, presencialmente.
Bolsonaro terá que justificar à polícia a entrada irregular de joias da Arábia Saudita no país, desde 2019. O ex-titular do Planalto também deverá responder às perguntas sobre o recebimento de armas, um fuzil e uma pistola, dos Emirados Árabes Unidos.
As investigações começaram com a tentativa de uma comitiva presidencial entrar no Brasil com joias avaliadas em R$ 16,5 milhões, sem pagar impostos à Receita Federal e com a incorporação dos itens milionários diretamente ao patrimônio pessoal do ex-presidente.
Na ocasião, no Aeroporto de Guarulhos, um assessor do então ministro Bento Albuquerque tentou passar pela alfândega, na fila de “nada a declarar”. Pela lei, ele deveria apresentar os acessórios e pagar taxa de 50% sobre o valor das joias – ou seja, R$ 8,25 milhões.
Além de não declarar as joias de R$ 16,5 milhões, Bolsonaro tentou, em pelo menos oito ocasiões, reaver os itens, acionando inclusive outros ministérios e a chefia da Receita.
No depoimento, Bolsonaro responderá a perguntas para esclarecer se houve tentativa de coagir dirigentes da Receita para a liberação dos itens sem a devida fiscalização. O ex-mandatário deverá explicar a insistência para incorporar os materiais de valor milionário ao seu acervo pessoal, e não ao patrimônio do Estado.
Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, caso não haja provas ou explicações, existem três possíveis acusações que podem cair sobre Bolsonaro: descaminho, peculato e lavagem de dinheiro.
Crédito: Metropoles
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