Enquanto o calendário de 2020 vai avançando, uma pergunta não sai da cabeça dos torcedores, das equipes e dos patrocinadores: haverá eventos esportivos ainda este ano?
Se depender de Chase Carey, CEO da Fórmula 1, sim. Em comunicado divulgado no site oficial da categoria, o executivou afirmou que a temporada começará no dia 5 de julho, no Grande Prêmio da Áustria. Segundo Carey, há espaço no calendário para até 18 corridas, com eventos na Europa, Ásia e Américas.
Após realizar a testagem de sua população e respeitar o isolamento social, a Áustria é um dos países europeus que já iniciou a reabertura de sua economia. Para os organizadores da Fórmula 1, o início do verão na Europa coincidirá com a diminuição de novos casos de Covid-19, o que possibilitará a realização das corridas.
Ainda assim, os primeiros eventos serão realizados com portões fechados. Ainda não há previsão de quando os circuitos contarão novamente com a presença do público.
“A saúde e a segurança de todos os envolvidos continuará a ser uma prioridade e nós só iremos adiante se tivermos a certeza de que teremos procedimentos confiáveis para lidar com possíveis riscos e problemas”, escreveu Carey no comunicado.
No planejamento dos organizadores da F1, o Grande Prêmio da França (que ocorreria em junho) ficará de fora do calenário, mas há espaço entre os meses de julho e agosto para encaixar as corridas do circuito europeu que foram adiadas, casos dos GPs da Espanha, Holanda e Mônaco.
Entre setembro e outubro, está previsto o início das etapas da Ásia e Eurásia, como o GP do Azerbaijão, que também foi adiado. Entre outubro e novembro, ocorrerão as corridas nos circuitos do continente americano (o que inclui, em tese, o GP do Brasil). E, finalmente, o Oriente Médio seria responsável por fechar a temporada, em dezembro.
Apesar desse planejamento, ainda não é certo que todas as corridas efetivamente ocorram e ainda não há uma data definida para cada Grande Prêmio.
As equipes também não se posicionaram a respeito da decisão: durante a pandemia, a maior parte dos times de engenharia participaram dos “esforços de guerra” para a produção de respiradores.
O fato é que a situação financeira das participantes é uma questão que preocupa os organizadores. Na última semana, McLaren e Ferrari tiveram uma discussão pública em relação ao limite de gastos por equipe.
Enquanto a escuderia italiana mostrou-se contrária a reduzir seu orçamento, os britânicos afirmaram em entrevista ao site americano MotorSport que as equipes correm sério risco se mantiverem os antigos padrões de gastos adotados nos últimos anos.