
Um novo estudo no Reino Unido estabelece uma conexão direta entre a ausência da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 e o aumento do risco de casos graves da doença. Publicado na renomada revista Lancet, a pesquisa abrangeu a população da Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales, com idade a partir de cinco anos, no período de 1º de junho a 30 de setembro de 2022.
Os cientistas analisaram a proporção de indivíduos não totalmente vacinados em 1º de junho de 2022 e as taxas de risco ajustadas para complicações graves de COVID-19 até 30 de setembro de 2022. Os dados coletados de cada país foram combinados em uma análise abrangente para todo o Reino Unido.
Em 1º de junho, a porcentagem de subvacinados era de 45,8% na Inglaterra, 49,8% na Irlanda do Norte, 34,2% na Escócia e 32,8% no País de Gales. Grupos mais jovens, de origens socioeconômicas desfavorecidas, de etnias não-brancas ou com menos comorbidades apresentaram menores taxas de vacinação completa.
Para idosos com 75 anos ou mais, as taxas de risco ajustadas para casos graves de Covid-19 aumentaram significativamente com a redução do número de doses recebidas. Isso reforça a importância da vacinação completa, especialmente entre os mais vulneráveis.
O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade de Edimburgo e da Universidade de Oxford, com colaboração de outras instituições do Reino Unido, como as universidades de Belfast e Cambridge. A motivação para esta pesquisa surgiu da escassez de análises que correlacionam diretamente a gravidade dos casos de Covid-19 com a falta de vacinação.
A definição de vacinação completa seguiu o calendário padrão recomendado pelo Instituto J. Craig Venter. A subvacinação foi considerada como desvio desse padrão. Os critérios para casos graves de Covid-19 incluíram hospitalização ou morte.
Este estudo destaca a necessidade crítica de adesão ao esquema de vacinação completo para mitigar os riscos de complicações graves da Covid-19. Ele serve como um alerta para populações em todo o mundo sobre a importância de manter o calendário de vacinação atualizado, especialmente em meio a variantes emergentes do vírus.
Fonte: O Globo
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