“contador”
segunda-feira, 1 de julho de 2024

Greve em Universidades e Institutos Federais: Coordenadores rejeitam acordo

Últimas notícias

Movimento continua firme após governo encerrar negociações

Greve em Universidades e Institutos Federais 1
Foto: Fábio Rodrigues / Agência Brasil

As universidades e institutos federais de ensino superior (Ifes) continuam em greve. As entidades coordenadoras da paralisação declararam que não pretendem assinar o acordo anunciado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos na segunda-feira (20). Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (24), as entidades insistiram na necessidade de continuar as negociações com o governo.

Na quarta-feira (22), o ministério enviou comunicado às entidades informando que as negociações com os professores das universidades e institutos federais estavam encerradas. Segundo o documento, o encontro marcado para a próxima segunda-feira (27) visa a assinatura de um termo de acordo, “não restando, portanto, margem para recepção de novas contrapropostas”. Essa postura foi criticada pelos coordenadores do movimento.

O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Gustavo Seferian, afirmou que o comunicado demonstra a intransigência do governo ao decretar unilateralmente o fim das negociações. “Repudiamos a interrupção unilateral do processo democrático de negociação pelo governo federal”, disse Seferian. Ele defendeu que ainda há espaço no orçamento para atender às demandas, tanto remuneratórias quanto de investimento nas instituições.

A greve dos professores e dos técnicos administrativos das instituições federais de ensino superior e colégios federais começou em 15 de abril. Segundo balanço do Andes, assembleias realizadas até hoje indicam a continuidade da greve em 59 universidades e mais de 560 colégios federais. A proposta do governo prevê aumentos salariais escalonados entre 13,3% a 31% até 2026, com aplicação inicial em 2025, o que não atende às expectativas da categoria.

Os índices de reajuste, conforme a proposta governamental, deixarão de ser unificados, variando conforme a categoria. Aqueles com maiores salários receberão o aumento mínimo de 13,3%, enquanto os de menores salários terão um reajuste máximo de 31%. Somado ao reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal em 2023, o aumento total poderá variar entre 23% e 43% no período de quatro anos, informou o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Um dos pontos centrais da discordância é a ausência de reajuste para o ano corrente. “Temos mais de 30 assembleias concluídas e em andamento, sinalizando rejeição à proposta do governo federal. A greve não só continua, mas está mais forte do que nunca”, afirmou Seferian. Ele destacou que a categoria espera que o governo desbloqueie R$ 2,9 bilhões para recompor as perdas salariais acumuladas.

David Lobão, da direção do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), enfatizou que os institutos federais passaram por um processo de sucateamento nos governos anteriores. Ele destacou a importância de recompor o orçamento para voltar ao patamar de investimentos dos governos anteriores, citando o governo Dilma Rousseff como referência de bom investimento na educação.

A coordenadora-geral do Sinasefe, Artemis Matins, destacou a expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se sensibilize com a situação e ajude a destravar as negociações. Segundo ela, isso demonstraria o compromisso do presidente com a defesa da educação, conforme prometido durante sua campanha e discursos.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, em nota, afirmou que o ganho acumulado dos docentes nos próximos quatro anos será de 28% a 43%, dependendo da categoria, classe e titulação, incluindo o reajuste de 9% concedido em 2023. Além disso, todos os servidores receberão auxílio-alimentação de R$ 1 mil, um aumento de mais de 150% em relação ao governo anterior.

Siga o PB24HORAS no Instagram

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

OUTRAS NOTÍCIAS

Médico uiraunense brilha em Congresso Nacional

Jeann Carlos Santiago, cardiologista hemodinamicista, comemorou a participação no Congresso Brasileiro de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, destacando a importância...

ARTIGOS RELACIONADOS