Possivelmente a escolha do local não foi do morador. A este restou arranjar no mato cipó de imbira para amarrar as varas de marmeleiro às estacas de jurema e às forquilhas de aroeira para dar esqueleto da casa. Depois encontrou na beira do riacho uma mancha de terra de cor variegada. Viu que era barro bom para dar musculatura àquele esqueleto. Para aproveitar a água ainda represada em partes do curso d’água, escavou a argila e a transportou em lombo de jumento até o local escolhido. A casa precisava ser urgentemente construída porque o riacho parou de correr, Maria vai ter menino nos próximos dias e o patrão pode mudar de ideia e não querer fazer a casa. Em dois dias: sábado e domingo, braços fortes e unidos fizeram o trabalho que levaria bem mais de uma semana.
Depois da casa feita, viu-se que o sol, a chuva e o vento davam de frente com as entradas. Alguma proteção precisava fazer. O morador, desta vez sozinho, fez a … Uns chamam latada; outros, alpendre. E todos concordam: melhor do que nada!
AFDuarte (jpa, 15mar24)
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