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terça-feira, 21 de maio de 2024

Lula no JN: confira três pontos sensíveis que podem ser abordados

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O ex-presidente participa nesta quinta-feira (25/8) de sabatina no Jornal Nacional, e deve lidar com questionamentos sobre casos de corrupção e medidas impopulares que defende

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Foto Reprodução: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa, na noite desta quinta-feira (25/8), de sabatina realizada pelo Jornal Nacional, da TV Globo. A entrevista terá 40 minutos de duração e será conduzida pelos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos. O petista, porém, terá que responder a temas espinhosos que assombram a campanha, como os escândalos passados de corrupção e medidas impopulares defendidas pelo candidato.

Confira abaixo alguns pontos sensíveis para Lula na entrevista:

  1. Corrupção

Após ter saído do governo, a imagem de Lula foi manchada por escândalos de corrupção que ocorreram enquanto o petista e a sucessora, Dilma Rousseff (PT), ocupavam o Planalto. O primeiro deles foi o “Mensalão”, deflagrado em 2005. Segundo delação do então deputado federal Roberto Jefferson, o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, destinava uma mesada de R$ 30 mil para parlamentares que apoiassem o governo.

Além do PT, membros de outros sete partidos estavam envolvidos, como o PMDB (agora MDB) e o PSDB. O segundo grande esquema foi o “Petrolão”, investigado pela Operação Lava-Jato, no qual funcionários da estatal cobravam propina de empreiteiras para fechar contratos superfaturados.

O próprio Lula foi condenado e preso durante 580 dias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo então juiz Sergio Moro, no âmbito da Operação Lava-Jato, na ação penal envolvendo um tríplex no Guarujá. Porém, o Supremo Tribunal Federal (STF) viu irregularidades nas decisões e considerou Moro parcial durante os julgamentos, anulando os processos.

O tema da corrupção é visto como sensível pela campanha do petista devido aos escândalos passados, e ele tem respondido aos questionamentos defendendo que os governos do PT foram os que mais investiram em mecanismos de combate à corrupção, e atacando os casos que apareceram no governo de Jair Bolsonaro (PL), como os pastores do Ministério da Educação.

  1. Rejeição e Antipetismo

Apesar de liderar as pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente ainda é rejeitado por parcela considerável dos eleitores. Segundo pesquisa Ipespe divulgada em 25 de julho, 43% dos participantes disseram não votar em Lula “de jeito nenhum”, contra 58% que não votariam em Bolsonaro.

O sentimento de antipetismo foi um dos grandes fatores que contribuíram para a eleição do atual presidente em 2018, e continua sendo explorado pela campanha bolsonarista. A estratégia é bater na imagem de Lula ligando-a aos escândalos de corrupção e à defesa de pautas criticadas pelos eleitores mais conservadores, como o direito ao aborto. Também contribui o tom de “guerra do bem contra o mal” que Bolsonaro vem adotando, especialmente junto ao eleitorado evangélico.

Em ocasiões passadas, Lula já classificou o antipetismo como “bobagem” e classificou o sentimento como uma reação das elites às medidas sociais criadas pelos governos do PT.

  1. Medidas impopulares

Embora foque a campanha no voto popular, Lula também tem que equilibrar o apoio de diversos setores econômicos ao redor do programa de governo petista. Algumas das medidas previstas, porém, são vistas com maus olhos.

A principal delas é a revogação do teto de gastos, instituído em 2017 durante o governo de Michel Temer (MDB). Em discursos, Lula chamou medida de “irresponsável” e que visa “garantir interesse do setor financeiro”. Especialistas, empresários e investidores, porém, consideram a medida importante para fomentar o investimento externo e controlar a dívida.

A revogação da reforma trabalhista, também de Temer, é outra medida que causa preocupação nos empresários. Em discursos, Lula fala que é preciso recuperar os direitos trabalhistas que foram perdidos após a mudança. Nos bastidores, porém, a campanha de Lula garante a representantes do empresariado que as medidas serão moderadas e que não deve revogar as principais medidas da reforma.

Na entrevista desta quinta-feira, Lula pode ser questionado sobre os diferentes tons que adota junto aos eleitores e setores econômicos, defendendo medidas mais radicais para os primeiros, mas garantindo estabilidade e moderação aos outros.

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