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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Vídeo: Compreenda a mutação do coronavírus no Brasil

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Cerca de 800 linhagens do Sars-CoV-2 já foram identificadas no mundo desde o início da pandemia. Mas, em geral, o risco surge quando uma variante toma proporções de transmissão significativas, como ocorreu com as cepas identificadas no Reino Unido, na África do Sul e no Brasil.

A primeira variante brasileira, chamada de P.1 e proveniente de Manaus, tem mudanças nos genes que codificam a proteína spike, uma estrutura que fica na superfície do vírus e permite que ele se ligue às células para invadi-las. Os cientistas acreditam que a mutação tenha surgido entre novembro e dezembro de 2020. Em uma análise de 31 amostras de material genético de pacientes de Manaus com COVID-19, 13 deles apresentavam a nova variante.

De acordo com a microbiologista e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Viviane Alves, a variante é quando a partícula viral adquire um conjunto de mutações que dão a ela novas características. “Essas características podem ser o aumento da transmissão, como a gente tem visto nas novas variantes do coronavírus que estão circulando, são linhagens diferentes daquela linhagem que circulou no início da pandemia em Wuhan”, explica Viviane.

O que é mutação de vírus e como ocorre?

Um vírus sofre mutação quando há mudança em seu genoma, que é o conjunto de informações que ele precisa para funcionar. Durante esse processo, o genoma é copiado e, às vezes, há um erro no duplicação. O local no qual ocorre esse erro vai afetar diretamente a capacidade do vírus de resistir ou de continuar se replicando.

Todos os vírus passam por algum tipo de mutação e, geralmente, ela não provoca grandes mudanças. Essas variações podem fazer com que um vírus seja mais fraco, mas também podem transformá-lo numa versão mais contagiosa. E é isso que está preocupando cientistas nas cepas de Sars-CoV-2 detectadas.

Hipóteses para novo surto em Manaus

Uma pesquisa publicada pelo King’s College e Universidade Harvard, com participação da Universidade de São Paulo (USP), apontou quatro possíveis explicações para o aumento de casos e mortes em Manaus em dezembro e janeiro.

Hipótese 1: A capital amazonense pode não ter atingido a imunidade coletiva, como muitos pesquisadores pensavam. Então, reuniões de fim de ano entre infectados e pessoas suscetíveis.
Hipótese 2: Pessoas que tinham sido contaminadas na primeira onda de infecções em Manaus já não seriam mais imunes ao vírus durante a segunda onda, em dezembro, já que estudos apontam que a imunidade contra a COVID-19 pode durar por até seis meses.
Hipótese 3: As variantes do Sars-COV-2 que também podem escapar da imunidade gerada em resposta a uma infecção anterior. Lá em Manaus isso foi associado à variante P.1.
Hipótese 4: Linhagens que circulam agora na segunda onda no Amazonas podem ter uma taxa de transmissão mais alta do que as anteriores.

Cuidados para evitar novas cepas

No Brasil, o instituto Adolfo Lutz confirmou em 26 de janeiro de 2021 que três casos de infecção por coronavírus em São Paulo carregavam a mutação brasileira. Segundo a microbiologista e professora da UFMG Viviane Alves, temos que manter os mesmos cuidados do início da pandemia, como lavar as mãos e o distanciamento de dois metros.

“Quanto mais o vírus circula, maior o número de mutações que ele adquire, e maior a chance de termos outras variantes que podem ser um problema de saúde pública maior que o que já estamos vivendo no momento. A gente tem que usar as medidas que estamos repetindo: uso de máscara, distanciamento físico de 2 metros, evitar aglomerações e fazer a higiene das mãos.”

Variante britânica do coronavírus

A variante B.1.1.7, original do Reino Unido, rapidamente se tornou responsável por mais da metade dos novos casos diagnosticados de coronavírus, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os pesquisadores da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres ainda não têm evidências de que os indivíduos que contraem a nova variante corram maior risco de hospitalização ou de morte, a hipótese ainda está em estudo.

Após a descoberta da variante, os britânicos aumentaram as restrições de circulação dentro do país, endurecendo as regras sobre reuniões domésticas às vésperas do Natal. Na Escócia e no País de Gales também foram introduzidas medidas mais rigorosas. Outros países também fecharam em algum momento as fronteiras para voos do Reino Unido para tentar conter a disseminação da cepa.

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