Nos anos 70, três grupos brigaram na justiça pelo direito de usar o nome “Trio Nordestino”. Descubra como Luiz Gonzaga decidiu a polêmica!

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A disputa pelo nome Trio Nordestino marcou a música nordestina nos anos 70. Três formações diferentes brigaram judicialmente pelo direito de usar o nome. O caso envolveu artistas consagrados como Dominguinhos, Miudinho e Zito Borborema, além de outras formações que também tinham carreira ativa e produções fonográficas. A polêmica se estendeu por anos e mobilizou grandes nomes do forró tradicional.
Um dos grupos era composto por Lindú, Coroné e Cobrinha, considerados por muitos como o trio original. Outro era formado por João Xavier, Heleno Luiz e Toninho do Acordeon, e o terceiro contava com Dominguinhos entre os integrantes. Todos os trios tinham agenda cheia e público fiel, o que tornava a definição legal do nome ainda mais crucial para suas trajetórias.
O caso chegou aos tribunais em 1972 e teve um desfecho inusitado. Durante o julgamento, Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, foi chamado como testemunha. Para reforçar sua opinião, ele cantou a música “Procurando Tu” no tribunal. Esse momento foi decisivo e convenceu o juiz, que concedeu o direito ao nome “Trio Nordestino” ao grupo de Lindú, Coroné e Cobrinha.
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Com a incerteza da decisão, o grupo cogitou outros nomes para continuar se apresentando. Uma das sugestões foi “Os 3 do Nordeste”, nome que depois seria utilizado por Abdias, ao criar um novo trio com Zé Pacheco, Parafuso e Zé Cacau. Essa mudança representou um novo capítulo na história do forró, mostrando como o nome Trio Nordestino se tornou um símbolo valioso da cultura popular nordestina.