A partir de 30 de abril, álcool 70% não será mais vendido; entenda as razões e impactos desta medida
Após uma decisão recente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a venda do álcool líquido 70% será proibida no Brasil a partir de 30 de abril. A medida, que já havia sido adotada em 2002 devido à alta inflamabilidade e aos acidentes relacionados, volta a entrar em vigor após o término da exceção concedida durante a pandemia de Covid-19.
Durante a pandemia, a venda do álcool 70% foi temporariamente permitida para auxiliar na desinfecção e prevenção ao vírus. Entretanto, com o fim do prazo em dezembro passado, as lojas devem agora liquidar seus estoques antes do início da proibição. A única versão de álcool líquido que permanecerá disponível será a de 46%, enquanto o álcool em gel 70% continua liberado para venda.
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A decisão de reinstaurar a proibição baseia-se na proteção, principalmente de crianças, contra os riscos de acidentes severos. O caso trágico em Santa Clara d’Oeste, onde uma criança morreu após um incidente com álcool usado em uma churrasqueira, reforça a necessidade de tal medida. O álcool em gel, sendo menos inflamável, oferece mais segurança, segundo especialistas.
Além da segurança, o álcool 70% é conhecido por sua alta eficácia na eliminação de microrganismos. Segundo Edson Abdala, coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, essa concentração de álcool é capaz de exterminar a maioria dos vírus e bactérias, sendo fundamental em contextos médicos para a higienização das mãos.
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