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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Eis 80 canções de Roberto Carlos que não adianta nem tentar esquecer…

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Foto Reprodução: Montagem G1

“Você precisa ouvir aquela canção do Roberto”, alertou Caetano Veloso, na voz de Gal Costa, em verso da canção Baby.

O convite ao público de Gal foi feito em 1968, ano em que os tropicalistas contribuíram para que a obra de Roberto Carlos começasse a ser reavaliada na polarizada cena da música brasileira, dividida entre os nacionalistas da MPB e os “alienados” da então já agonizante Jovem Guarda.

A rigor, o alerta para “ouvir aquela canção do Roberto” tinha sido feito por Maria Bethânia para o mano Caetano, que compôs Baby a pedido de Bethânia.

Roberto Carlos retribuiria o gesto solidário de Caetano ao compor, em 1971, a canção Debaixo dos caracóis de seus cabelos, veladamente endereçada ao então exilado colega baiano.

O tempo passou e apagou as rixas musicais dos anos 1960. E Roberto se entronizou cada vez mais na preferência popular a partir dos anos 1970, década em que se consolidou como cantor romântico e, desde então, atravessou gerações sem perder o trono de cantor mais popular do Brasil.

Mesmo que nichos minoritários ainda alimentem o preconceito contra o cancioneiro do compositor, Roberto Carlos chega aos 80 anos – festejados nesta segunda-feira, 19 de abril de 2021 – com obra que fala por si pela grandiosidade quantitativa e qualitativa (no período que vai de 1963 a 1983).

Em 2021, são muitas as canções de Roberto – em grande maioria assinadas por Erasmo Carlos – que estão na história da música brasileira, sem precisar de aval de críticos ou de ícones da já cristalizada MPB, como Caetano Veloso.

Para celebrar os 80 anos do Rei, o Blog do Mauro Ferreira relaciona 80 canções do Roberto – escolhidas entre os álbuns de todas as fases da discografia do artista, inclusive as apontadas como decadentes – que justificam a reverência dos súditos ao longo de seis décadas de carreira.

♪ Eis – em ordem cronológica de entrada na discografia do cantor – aquelas 80 canções do Roberto que, citando a letra de Detalhes (1971), não adianta nem tentar esquecer que, por muito tempo ainda, elas vão viver na vida do povo brasileiro:Parei na contramão (1963) – Marco inaugural da parceria de Roberto Carlos com Erasmo Carlos na forma de rock pautado pela inocente rebeldia juvenil simbolizada pela posse do automóvel.

1-É proibido fumar (1964) – Música-título do terceiro álbum do cantor, gravado com a energia do rock.

2-Quero que vá tudo pro inferno (1965) – Hino geracional que marcou o início do reinado de Roberto na Jovem Guarda.

3-Querem acabar comigo (1966) – Em pleno reinado, um desabafo diante das rivalidades da corte.

4-Eu te darei o céu (1966) – Pérola do romantismo pueril e juvenil da época.

5-Namoradinha de um amigo meu (1966) – Conflito ético romanceado com certo moralismo.

Eu sou terrível (1967) – Alerta dado na batida incandescente do rock.

Como é grande o meu amor por você (1967) – Declaração de amor para Cleonice Rossi (1939 – 1990), com quem ficaria casado de 1968 a 1979.

De que vale tudo isso (1967) – Sofrência expiada em canção melancólica.

Por isso corro demais (1967) – O amor vivido na alta velocidade da paixão.

Quando (1967) – Rock que alardeia volta por cima após abandono.

Se você pensa (1968) – Rock cheio de atitude. Clássico instantâneo.

Eu te amo, te amo, te amo (1968) – A reafirmação do amor em momento de saudade.

As canções que você fez pra mim (1968) – Canção embebida em “alegria triste”.

O diamante cor de rosa (1969) – Na trilha instrumental do filme homônimo de 1970.

As flores do jardim da nossa casa (1969) – Manifesto de tristeza pela partida do filho para o exterior para tratar de problema na visão.

As curvas da estrada de Santos (1969) – Grande música que segue a rota do soul.

Sua estupidez (1969) – Excepcional balada que embute um lamento de blues.

Meu pequeno Cachoeiro (1970) – Saudação à cidade natal de Cachoeiro de Itapemirim.

Jesus Cristo (1970) – Spiritual capaz de converter até os ateus.

Ana (1970) – Declaração de amor para a musa da canção.

Minha senhora (1970) – Cantada em forma de canção.

120, 150, 200 km por hora (1970) – A tentativa de fugir em alta velocidade da dor de amor.

Detalhes (1971) – Canção elevada como a autoestima do amante abandonado.

Traumas (1971) – Primeira referência na obra ao acidente sofrido na infância que causou a amputação de parte da perna direita.

Todos estão surdos (1971) – Soul contra as guerras, pela paz e por Jesus Cristo, aludido na letra.

De tanto amor (1971) – Uma das mais belas e tristonhas canções de adeus.

Debaixo dos caracóis de seus cabelos (1971) – Mensagem velada para o então exilado Caetano Veloso.

Amada amante (1971) – Balada que celebra amor “sem preconceito”, feitor das próprias leis.

O divã (1972) – Outra canção psicanalítica com alusão ao acidente sofrido aos seis anos.

A montanha (1972) – Escalada épica feita com a fé em Jesus Cristo.

À distância… (1972) – Grande balada pautada pela esperança de reconquistar o amor perdido.

À janela… (1972) – Um jovem rei imerso em questões existenciais.

Proposta (1973) – Primeira da série de canções mais sensuais dos anos 1970 e 1980.

Rotina (1973) – A exaltação do cotidiano amoroso do casamento.

Palavras (1973) – Resignação diante de amor que deixou recordações e nada mais.

O homem (1973) – Épica canção religiosa em que pregou a crença na reencarnação.

O portão (1974) – Abordagem romanceada da volta ao lar.

Despedida (1974) – Uma valsa de adeus.

É preciso saber viver (1974) – Música motivacional, pioneira na seara da autoajuda.

Eu quero apenas (1974) – O desejo de um milhão de amigos.

Você (1974) – A lembrança triste de quem o sufoca de saudade.

Além do horizonte (1975) – Na trilha do soul, pela última vez.

Olha (1975) – Convite para a ex-amada voltar e viver uma vida “só de amor”.

Seu corpo (1975) – A viagem pelos caminhos do prazer.

Ilegal, imoral ou engorda (1976) – Confissão de que nem sempre é fácil ser o certinho.

Os seus botões (1976) – Canção de motel.

O progresso (1976) – Alerta ambientalista sobre os riscos do progresso.

Você em minha vida (1976) – Recordações de amor que deixou o amante no anoitecer após mostrá-lo o amanhecer.

Preciso chamar sua atenção (1976) – Versão levemente modificada da canção lançada por Erasmo Carlos em 1969 com o título de Vou ficar nu para chamar sua atenção.

Amigo (1977) – Declaração de amor ao irmão camarada Erasmo Carlos.

Não se esqueça de mim (1977) – Bonito apelo para ser lembrado pela mulher amada.

Jovens tardes de domingo (1977) – Celebração da Jovem Guarda com nostalgia da modernidade.

Cavalgada (1977) – Descrição iluminada de noite de prazer.

Fé (1978) – Reafirmação na crença em Jesus Cristo.

Café da manhã (1978) – Outra canção perfeita para a trilha sonora dos motéis.

Lady Laura (1978) – Exaltação à mãe, Laura Moreira Braga (1914 – 2010).

A primeira vez (1978) – A lembrança romanceada de momento único de paixão.

Música suave (1978) – Fox de tonalidade sensual.

Costumes (1979) – Grande canção sobre a rotina de amor inesquecível.

Meu querido, meu velho amigo (1979) – Afago no pai, Robertino Braga (1896 – 1980).

Amante à moda antiga (1980) – Declaração de apego às tradições do amor.

As baleias (1981) – Robusta balada em defesa da preservação do mamífero aquático.

Ele está pra chegar (1981) – Mais um épico religioso.

Cama e mesa (1981) – A exaltação apetitosa do amor sensual.

Emoções (1981) – Fox eternizado nos shows que faz ode aos momentos lindos vividos dos palcos.

Eu preciso de você (1981) – Delicada canção de amor.

Pensamentos (1982) – Angústias amortecidas pela fé.

Fera ferida (1982) – Amostra da grandeza do compositor que já vinha no automático.

Você não sabe (1983) – Grande canção de amor.

Caminhoneiro (1984) – Incursão pela estrada sertaneja.

Do fundo do meu coração (1986) – Uma das últimas grandes canções de amor de Roberto.

Se diverte e já não pensa em mim (1988) – Esquecida e melancólica canção pioneira ao mencionar na letra o então revolucionário fax.

Todas as manhãs (1991) – De novo na trilha sertaneja.

Nossa Senhora (1993) – Emocionante e inspirada canção religiosa em louvor à mãe de Jesus.

Alô (1994) – Bela canção de amor lançada quando já se não prestava tanta atenção em Roberto.

Eu te amo tanto (1998) – Tributo à última mulher, Maria Rita Simões Braga (1961 – 1999).

A volta (2005) – A canção é de 1966, mas foi gravada por Roberto somente em 2005.

Esse cara sou eu (2012) – Canção aliciante que se tornou o último grande sucesso popular do artista.

Sereia (2017) – Delicada canção feita para a personagem Ritinha da novela A força do querer.

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