Ação irá acontecer neste sábado, (17/6), em um amistoso contra Guiné, em Barcelona
As manifestações em combate ao racismo não param. Em apoio principalmente ao jogador Vinícius Júnior, que sofreu insultos durante uma partida de futebol na Espanha recentemente, a Seleção Brasileira irá entrar em campo com um uniforme da cor preta pela primeira vez na história. A ação irá acontecer neste sábado, (17/6), em um amistoso contra Guiné, às 16h30 (horário de Brasília), em Barcelona.
De acordo com um comunicado divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a cor preta só será usada no primeiro tempo do jogo. Já na segunda etapa, os jogadores voltarão a campo com a tradicional camiseta amarela, porém, também com alusão à luta contra o preconceito racial.
Depois do episódio, Vini recebeu carinho e apoio de toda parte do mundo. A torcida do Flamengo, clube por onde o atleta já passou, fez um mosaico em homenagem ao jovem durante um jogo. Segundo o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que é o primeiro negro e nordestino no comando da entidade, o futebol tem o poder de pavimentar caminhos que exaltem a tolerância e o respeito entre as pessoas.
“Desde o primeiro dia do meu mandato, essa questão é prioritária. Fizemos um seminário para tratar do tema, criamos um grupo de trabalho com 60 pessoas que se reúnem periodicamente para avançar em discussões e propostas”, disse Ednaldo.
Nova Lei
Nesta quarta-feira (14/6), o presidente Lula sancionou a nova Lei Geral do Esporte. Casos de racismo, homofobia, sexismo e xenofobia em eventos esportivos estarão sujeitos a uma multa que varia de R$ 500 a R$ 2 milhões, dependendo da gravidade do crime. A íntegra da nova Lei Geral do Esporte não foi divulgada. A expectativa é de que a sanção seja publicada no Diário Oficial da União ainda nesta quinta-feira (15/9).
As punições também valem para os clubes envolvidos. Além disso, a torcida organizada que praticar um dos crimes de discriminação ou invadir o campo poderá ser banida do estádio por um período máximo de até cinco anos.
Vale lembrar que no dia 6/6, uma lei que carrega o nome de Vini Jr. foi aprovada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Ela prevê que as partidas realizadas no estado sejam imediatamente encerradas em casos de racismo.
A lei foi proposta pelo deputado estadual Prof. Josemar (PSOL) e aprovada por todos os parlamentares presentes na Câmara. Agora, segue para sanção. O presidente da República tem 15 dias úteis para aprová-la ou não.
Crédito: Leo Dias
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