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domingo, 28 de abril de 2024

FOTOS: Nova Chevrolet Montana tem caçamba, mas é um SUV compacto dos bons

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Foto: Divulgação

A Chevrolet Montana está de volta. Produzida ao lado do SUV Tracker em São Caetano do Sul (SP), a picape retorna às lojas como um dos principais lançamentos do ano e da marca 2023, além, claro de ser estrela de reality show. Só que agora a Montana é um modelo intermediário (nem Strada, nem S10) de cabine dupla com motor turbo e vai agitar a categoria de Fiat Toro e Renault Oroch. Da geração anterior, baseada no Corsa e depois no Agile — e descontinuada em 2021—, restou apenas o nome.

São quatro versões: as mais caras, LTZ e Premier entraram na pré-venda em dezembro, com preço de R$ 134.490 e R$ 140.490, respectivamente. A picape ainda terá duas versões de entrada com câmbio manual. A Chevrolet vai revelar todos preços da nova Montana no próximo dia 10 de fevereiro.

Fotos:

Apesar de tudo que há de familiar na nova Montana, um fator que a picape não importa de suas antigas gerações é justamente o posicionamento. Sua primeira geração foi lançada em 2003 com o apelo versátil da antiga Corsa Pick-Up. A Montana estreou com vários equipamentos de carros de passeio, como ar-condicionado, rádio simples e opção de roda de liga leve, mirando famílias de classe média ou pequenos empresários que precisavam da caçamba.

Em 2010, a Montana foi totalmente renovada com base no Agile e perdeu algumas características de conforto e estilo. Se assumiu como uma picape para o trabalho, tanto que tinha um degrau lateral para facilitar o acesso a caçamba. Mesmo sem muito fôlego, foi vendida no Brasil por 11 anos.

Eis que chegamos em 2023, o ano de lançamento da nova Montana. Se as gerações anteriores também tinham apelo de utilitário para pequenos empresários, a Chevrolet apostou em um carro familiar para sua renovação. Tanto que a sua plataforma modular Global Emerging Markets (GEM) é a mesma de Onix, Onix Plus e Tracker.

A picape é familiar, mas a suspensão é inédita

Isso veio atrelado a algumas limitações naturais do projeto. Todos os carros feitos sobre a arquitetura GEM, tanto no Brasil quanto em outros países, têm a suspensão traseira de eixo de torção. O arranjo também está presente nos modelos premium Excelle e Encore, da Buick, que são fabricados na China com a mesma base da Montana.

Toro e Oroch têm suspensão traseira multilink (mais sofisticada e cara) e, principalmente, por conta da tração 4×4, que o modelo da Fiat oferece que que não está mais disponível na picape da Renault). Já a Chevrolet encontrou uma alternativa na suspensão de duplo batente de rigidez variável. Este é um dos indicativos de que a Montana não terá versões com tração integral nessa geração.

Um dos batentes serve para compensar a distribuição de peso quando a caçamba está carregada. O outro serve para amortecer os impactos e irregularidades do asfalto. A Montana tem capacidade para 874 litros e 650 kg de carga – e por ser baseada na plataforma de um automóvel, não foi homologada para levar reboque.

Este arranjo é melhor que um multilink? Não, principalmente na hora de garantir estabilidade em curvas mais rápidas. Mas o duplo batente é uma proposta criativa da Chevrolet para reduzir o preço da picape e descartar grandes custos de engenharia com uma suspensão multilink totalmente nova.

Impressões ao volante

Outra característica familiar da Montana surge ao volante: a picape lembra muito o Tracker. Os carros compartilham o motor 1.2 turboflex de 133 cv de potência e 21,4 kgfm de torque, com transmissão automática nas versões mais caras e manual nos modelos de entrada, ambos de seis marchas.

Assim como o SUV compacto, a Montana é um carro muito leve para dirigir. O torque máximo é entregue em 2.000 rpm, proporcionando fôlego adequado para sair da inércia. A picape ficaria ainda mais esperta se o motor 1.2 turbo da Chevrolet tivesse injeção direta. A alimentação multiponto causa certo “lag” nas respostas do acelerador, mas nada que atrapalhe no dia a dia.

O câmbio automático é bem escalonado, mas demonstra certa indecisão na hora de escolher as marchas. O famigerado botão embutidos na lateral da alavanca de transmissão para efetuar trocas de marcha de forma “manual” estão lá iguais a todos os Chevrolet. Borboletas atrás do volante são mais intuitivas (e legais).

A direção elétrica é suave e direta como a de um automóvel, exigindo esforço mínimo em manobras. Essa é uma característica que sinto falta na Oroch, pois a picape da Renault tem direção eletro-hidráulica.

A nova geração da Montana tem 1.273 kg nas versões manuais e 1.310 kg na versão automática. Na comparação com as rivais, a nova picape é 130 kg mais leve que a Oroch e 397 kg mais leve do que a Toro. Isso explica o melhor consumo de combustível da categoria.

Segundo o Inmetro, a Montana 1.2 manual faz 8,3 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada com etanol, e 12 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada com gasolina. A versão automática faz 7,7 km/l na cidade e 9,3 km/l na estrada com etanol, e 11,1 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada com gasolina.

Equipamentos

A Montana tem quatro opções na gama, sendo que a primeira delas não tem nome. Em outras palavras, faltou coragem para chamá-la de LS como antigamente. A versão de entrada tem câmbio manual, seis airbags, central multimídia com MyLink com pareamento de celulares sem fio, sensor crepuscular e protetor de caçamba.

A versão seguinte, LT adiciona rodas de alumínio de 16 polegadas, capota marítima, rack de teto, câmera de ré e saídas USB para os ocupantes do banco traseiro. A configuração LTZ recebe transmissão automática e adiciona detalhes cromados, rodas aro 17, sensor de ré, chave inteligente e controle de cruzeiro.

Por fim, o pacote Premier inclui acabamento especial, alerta de ponto cego, carregador de celular por indução, faróis full-LED e ar-condicionado digital. Para o nosso primeiro contato com a Montana, a Chevrolet optou pela versão mais equipada.

O interior segue a mesma linguagem visual de Tracker e Onix, com algumas diferenças no layout. A central multimídia continua sendo flutuante, mas agora a tela se prolonga até o painel de instrumentos.

Esse design tem sido incorporado em vários carros ao longo dos últimos anos – porém a Montana poderia ter o painel de instrumentos totalmente digital como o Tracker chinês (veja abaixo). Há apenas uma pequena tela com mostradores digitais no centro do cluster analógico.

O painel é feito de plástico duro, mas há uma pequena inserção emborrachada e acabamento na cor preta brilhante. Partes das saídas de ar-condicionado e do volante multifuncional recebem acabamento que imita aço escovado. O painel das portas é novo e tem layout exclusivo na Montana.

Espaço interno

A Montana tem 4,71 m de comprimento, 1,80 m de largura e 2,80 m de distância entre-eixos. Na comparação com o Tracker, que é o seu modelo “base”, é mais comprida (44 cm) e espaçosa entre os eixos (23 cm). Veja abaixo o comparativo de proporções da Montana com Fiat Toro e Renault Oroch.

Dimensões

Ajustei o banco do motorista e fui testar o espaço traseiro (tenho 1,84 m de altura). Meus joelhos ficaram no aperto, projetados contra o banco da frente. O espaço para a cabeça é adequado. Vale lembrar que a estatura média dos brasileiros é de 1,75 m para os homens e 1,62 m para as mulheres.

A Chevrolet ainda aposta na caçamba, que tem o marqueteiro nome de Multiflex, como um diferencial para a Montana. Um pacote de acessórios será vendido separadamente, incluindo divisórias e até uma capota rígida com acionamento elétrico que torna o compartimento inviolável.

Sucesso imediato

A Chevrolet Montana 2023 é exatamente o que eu esperava: uma picape familiar para rodar nas grandes cidades, sem apelo aventureiro ou focada para o trabalho. Tem as proporções adequadas para entrar nas vagas apertadas do seu condomínio, soluções inteligentes para a caçamba gourmet e a dirigibilidade de um SUV compacto.

Nossa expectativa é de que ela seja a vice-líder da categoria, superando a Renault Oroch nos primeiros meses nas lojas. A Fiat Toro aparenta ser um fenômeno inatingível, mas em breve faremos um comparativo para cravar qual das picapes intermediárias é melhor para o seu bolso.

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