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segunda-feira, 13 de maio de 2024

“Fui vítima de agressão”: padre Robson fala pela 1ª vez após processo

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Foto: Reprodução

Por meio das redes sociais, o padre Robson de Oliveira se manifestou nesta quinta-feira (21/4), pela primeira vez, após o arquivamento do processo movido contra ele por supostos desvios milionários de dinheiro de fieis na Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), antes presidida pelo religioso.

Na última segunda-feira (18/4), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) encerrou, após emissão de certidão de trânsito em julgado, o processo do Ministério Público de Goiás (MPGO) contra o ex-reitor de Basílica de Trindade. Conforme a defesa do padre, o órgão estadual não se manifestou a tempo no processo e o prazo caducou.

Veja o vídeo:

“Verdade vencerá a mentira”

No pronunciamento oficial, o padre afirma que “há um ano e oito meses foi vítima de uma agressão absurda”. Segundo ele, “teve a casa invadida da pior maneira que alguém possa imaginar” e a privacidade desrespeitada sem nenhum escrúpulos.

“Fiquei sabendo da investigação naquele momento [cumprimento do mandado de busca e apreensão]. Na verdade, até hoje, eu nunca fui ouvido, perguntado, nada. Eu não sabia de nada do que estava acontecendo, mas toda a imprensa já estava sabendo e, inclusive, já havia sido convocada há dias, para aquele momento, para aquela manhã”, diz ele.

“O constrangimento e a humilhação foram tão grandes, que praticamente fizeram ao vivo, de dentro do meu quarto, algo insano, ilegal, desnecessário, humilhante e, certamente, organizado de uma forma antecipada e meticulosa. Rapidamente percebi do que se tratava e vi que a verdade não importava para aquelas pessoas”, reforça o padre.

Ainda de acordo com o ex-reitor da Basílica de Trindade, a intenção de investigação foi sujar sua história de vida, de dedicação ao Evangelho.

Edição

No vídeo, o padre afirma que teve áudios e imagens manipulados, para que se encaixassem em um contexto conveniente. Ele declara que é inocente e nunca teve nada no nome dele ou de qualquer outra pessoa. Segundo o padre, tudo é da Afipe. O dinheiro administrado pelo religioso teria sido usado como investimento para a “obra de evangelização”.

“Vivemos na era da manipulação das informações, das imagens e até mesmo da voz das pessoas. Nem tudo que se vê e ouve condiz com a realidade. Imagina o que podem fazer com a voz de uma pessoa que tem mais de 45 mil horas de falas disponíveis na internet? Como é o meu caso. Foram feitas diversas simulações, criando o contexto conveniente, para que pudessem me difamar, me expor e até mesmo me intimidar”, declara.

Segundo o padre Robson, sem denominar pessoas ou órgãos, “não conseguiram mudar o rumo da Justiça, que continuou isenta em seus procedimentos. Eu era e sou inocente e não deveria ter passado por nada disso. O constrangimento a que fui submetido não deveria ter acontecido, pois eu nada fiz de errado”.

“Meu irmão e minha irmã, nunca tive nada em meu nome e nem no nome de alguém, viu? Isso por opção de vida, opção de consagração. A casa onde eu moro hoje, o veículo que eu uso, o dinheiro que recebo para o básico, até o advogado que me defendeu, tudo foi proporcionado pelo meu grupo religioso. Da mesma forma, tudo que eu administrei era e continua sendo da Afipe e está a serviço do Evangelho.”

“Saber investir de maneira inteligente e criativa, bem assessorada, para o benefício e desenvolvimento de uma obra como esta, é saber usar bem, usar bem mesmo, os talentos confiados por Deus”, ressaltou.
“Sem crime”

O padre foi inocentado das acusações de desvios de recursos. Há cerca de um mês, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) já havia rejeitado embargos de declaração do MPGO, que tinham como objetivo modificar o curso do processo contra o religioso.

Ao Metrópoles, a defesa do padre informou que “o Superior Tribunal de Justiça havia confirmado a decisão do TJGO, segundo a qual o padre Robson não teria praticado crime algum na direção da Afipe. Na data de hoje foi certificado que o Ministério Público deixou transcorrer o prazo sem recurso, e com isso foi certificado o trânsito em julgado, ou seja, não cabe mais recurso”, disse o advogado Cleber Lopes.

Assim, fica mantida a decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) de trancar a ação por “ausência do crime”, prolatada pela 1ª Turma da Câmara Criminal da Corte no dia 6 outubro de 2020. Segundo os desembargadores, não há crime na conduta da entidade, e as provas apresentadas não eram novas.

Em nota, o MPGO declarou que “ingressou com mandado de segurança no STJ, a ser analisado pela Corte Especial, na qual questiona a decisão da 6ª Turma em não admitir o recurso do MP. Portanto, ainda que tenha havido trânsito em julgado no processo originário, ainda há esta ação para ser julgada”.

Na semana passada, o novo arcebispo metropolitano de Goiânia, Dom João Justino, desvinculou o andamento do caso na Justiça com a investigação interna que está sendo feita pela Igreja Católica. O bispo disse que esperava uma conclusão rápida do processo canônico que está em curso, até para que isso não criasse muita expectativa em relação à volta ou não do padre às atividades eclesiásticas.

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