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sexta-feira, 3 de maio de 2024

Gamma-plus: estudo encontra versão mais potente da cepa no Brasil

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Foto Reprodução: Unsplash

Uma pesquisa identificou uma nova versão, mais potente e possivelmente mais transmissível, da variante Gamma (P.1) do coronavírus. O estudo, divulgado nesta quinta-feira (12/8) pelo portal Medicina S/A, foi conduzido por pesquisadores do Genov, um dos principais projetos de vigilância genômica do Sars-CoV-2 da América Latina.

Batizada de Gamma-plus, essa mutação traz uma alteração genética, codificada como P681H, na qual o vírus substituiu o aminoácido prolina por outro, a histidina, que condiciona a velocidade de infecção do vírus nas células humanas e está presente em outras variantes de preocupação, dentre elas a Delta.

“Essa mutação de prolina para histidina já havia sido vista em todas as variantes de preocupação, mas não era muito comum na Gamma. No entanto, temos visto um aumento em sua ocorrência nas amostras brasileiras”, explicou o coordenador do Genov, biólogo e virologista da Dasa, José Eduardo Levi, no comunicado sobre o achado.

Trata-se do primeiro relatório do projeto científico Genov, vinculado à Dasa, uma das maiores redes particulares de diagnóstico do país. No trabalho, os pesquisadores analisaram 1.380 amostras do coronavírus em pessoas infectadas de todas as regiões do Brasil. As amostras foram coletadas entre maio e junho deste ano.

Os pesquisadores observaram que mais de 95% delas eram da linhagem Gamma e que, no meio dessas amostras, havia 11 da variante Gamma-plus. Dentre essas 11 amostras, cinco são do estado de Goiás, duas do Tocantins, uma do Mato Grosso, uma do Ceará, uma de Santa Catarina e uma do Paraná. Além dessas, foi encontrada no Rio de Janeiro uma outra mutação, a P681R, que no lugar da prolina apresentou a arginina, que também é típica da Delta.

“São chamadas Gamma-plus apenas aquelas que têm algo a mais no sentido de aumentar o seu perigo”, esclarece Levi. Para ele, mesmo que os dados sejam referentes a maio e junho, têm grande importância epidemiológica por ajudar a compreender o comportamento e evolução de novas variantes do coronavírus no Brasil.

“São achados que reforçam nossa percepção de que não devemos minimizar o risco que as variantes importadas para o nosso país, como a Delta, possam representar, mas que precisamos nos manter atentos para a evolução local da Gamma”, alertou Levi.

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