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quinta-feira, 25 de abril de 2024

ONG dá carroças elétricas para catadores levarem até 500 kg de material reciclável

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ong da carrocas eletricas para catadores levarem ate 500 kg de material reciclavel
Foto Reprodução: Vitor Jardim / Auto Esporte

O percurso de 12 km que Fábio Gonçalves, de 63 anos, faz todos os dias para catar materiais recicláveis e revender em ferros-velhos é duro e cansativo. Mas poderia ser pior sem a ajuda da carroça elétrica, que permite que ele carregue mais peso e circule com mais facilidade pelas ruas de São Paulo, na comparação com uma carroça “convencional”.

Catando materiais pelas ruas de Guaianases, distrito da cidade de São Paulo, ele conta que ganhava R$ 50 por dia com sua carroça sem motor elétrico. “Agora tiro no mínimo R$ 100, com facilidade. Isso porque, com a minha carroça antiga, conseguia carregar no máximo 300 kg por viagem. Essa pode colocar até 500 kg, que levo sem problemas. Até consigo correr com a carroça”, explica Gonçalves.

A carroça elétrica faz parte do projeto “Carroças do Futuro”, iniciado em 2019 pela organização não governamental “Pimp My Carroça”. A ONG foi fundada em 2007 por Thiago Mundano com o objetivo de trazer reconhecimento e suporte para os profissionais de reciclagem.

ong da carrocas eletricas para catadores levarem ate 500 kg de material reciclavel
Foto Reprodução: Vitor Jardim / Auto Esporte

A carroça elétrica ainda está na fase de protótipo. O único modelo disponível está sendo testado ao longo deste ano, nas mãos de cinco catadores (30 dias com cada um). O objetivo é, ao longo de 2022, entregar 40 desses veículos aos profissionais de reciclagem cadastrados no projeto.

“O objetivo é desenvolver os protótipos elétricos, que não sejam poluentes e sirvam como alternativa à tração humana. Essa carroça aprimora a principal ferramenta de trabalho dos catadores. Assim, melhoramos as condições de trabalho, renda e qualidade de vida, além de favorecer a coleta de materiais recicláveis”, conta Adriane Andrade, coordenadora do Carroças do Futuro.

Gonçalves foi o primeiro selecionado para testar o protótipo. Por ser idoso e ter problemas cardiorrespiratórios, ele tem dificuldades de puxar uma carroça convencional. A diferença para a elétrica é que o arranque pode ser feito usando o motor, em vez de a força do próprio catador. O conceito é semelhante ao adotado em bicicletas elétricas.

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De acordo com Andrade, muitos desses profissionais apresentam hérnia, problemas nos joelhos e dores no abdômen, devido à força que fazem para mover as carroças. O objetivo do Carroças do Futuro é melhorar a condição de trabalho desses profissionais, para que além de faturar mais, eles possam ter melhor qualidade de vida.

Catador desde os 8 anos, Gonçalves é de Campo Belo (MG), veio à São Paulo com 25 anos e confessa que o projeto mudou sua vida. “Estou ganhando bem mais. Antes tinha de escolher se comia ou pagava as contas”, conta.

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