Um estudo liderado pelo Instituto Oswaldo Cruz detectou vírus do Nilo Ocidental pela primeira vez em Minas Gerais e confirmaram a circulação d vírus no Piauí e em São Paulo.
Isolado em 1937 na África, o vírus do Nilo Ocidental ficou restrito a países africanos, Europa e Ásia durante anos e só em 1999 foi detectado nos Estados Unidos.
No Brasil, o primeiro caso foi diagnosticado em 2009, em análise de cavalos no pantanal. Ele é transmitido a aves silvestres por meio de picadas de mosquitos e podem contaminar outros animais e seres humanos.
As amostras colhidas em Minas Gerais, Piauí e São Paulo são de cavalos que adoeceram com a doença entre 2018 e 2020.
Quando infectados, cerca de 80% das pessoas não apresentam sintomas, mas nos casos considerados graves provoca a febre do Nilo Ocidental, que se manifesta com febre, dor de cabeça, cansaço, vômitos e pode evoluir para meningite e encefalite, convulsões, coma e paralisia. A forma grave atinge uma em cada 150 infectados.
Os vetores (transmissores) do vírus do Nilo Ocidental são os pernilongos do gênero Culex e Muriçocas. As aves, cavalos e pessoas podem ser contaminados, mas não viram transmissores. Entretanto, o mosquito transmite a doença para a nova geração de filhotes, podendo tornar a doença endêmica, como a dengue.